domingo, 4 de abril de 2010

Sem sentido

Um médico censurava um dos seus amigos pelo abuso que fazia da genebra.
— Ora, adeus — respondeu o censurado, encolhendo os ombros—. Bebo genebra desde a idade de dezasseis anos e, apesar disso, já fiz os meus setenta.
— Quem sabe — tornou o médico — se nunca a tivesse bebido, não contava já os seus oitenta.

— Tu devias repreender o teu filho — diz um amigo.
— Eu? — responde o pai —. Para quê? Ele só escuta os imbecis. Fala-lhe tu!

À saída do teatro, o espectador, entre aborrecido e exaltado:
— Falta de civilização! Se cada um esperasse, no seu lugar, que todos saíssem, a saída fazia-se mais depressa e sem estes atropelos!

Já há mais de vinte anos que é todos os dias a mesma coisa! — diz o guarda do museu, muito aborrecido —. Há sempre um que é o último a sair.

No eléctrico, o homem queixa-se de calor.
Ela: — Vês? Eu tinha-te dito que trouxesses o sobretudo; devias ter seguido o meu conselho.
Ele: Mas se eu assim já sinto calor...
Ela: Pois justamente. Se tivesses o sobretudo, agora podias tirá-lo.

— Filha, lembra-te que tens de ir esta manhã ao médico.
— Que maçada! Não posso lá ir esta manhã.
— Mas ele está à tua espera.. Que desculpa é que lhe hei de dar?
— Não sei... olha... diz-lhe que estou doente.

— Que estás a fazer, João?
— Nada, senhor.
— Então, quando acabares, vem cá.

— Muito desastrada é esta nossa vizinha! Agora deixou cair as calças do marido, do 3.° andar para a rua.
— Olha a sorte desse desgraçado se as tivesse vestidas!